A Incrível Arte da Tipografia [Entrevista]

By Atual Card

September 15, 2011

A Incrível Arte da Tipografia [Entrevista]

Quem já ouviu falar sobre o processo tipográfico antigo sabe o quão fascinante é esta profissão. Os profissionais desta área são muito mais do que tipógrafos, são praticamente artesãos.

Neste artigo, temos uma entrevista que fizemos com o nosso cliente Thiago Carvalho, que foi tipógrafo durante muito tempo e contou um pouco pra gente como funciona o processo da tipografia. Logo depois, assista a um vídeo que postamos que mostra passo a passo o processo.

Atual Card – Thiago, como foi a sua experiência como tipógrafo?

Thiago Carvalho – Tudo começou mais ou menos em 1997. Trabalhei na gráfica de um tio meu, a gráfica Carvalho em Pacaembu – SP por cerca de uns dois anos. Eu não tinha a noção de como seria importante na minha vida essa que, hoje, posso chamar de profissão com muito orgulho. Desde a construção da chapa que vai formar a arte, até calçar as letras para sair uma boa impressão, é tudo tão detalhado que o profissional não deveria ser chamado de tipógrafo, e sim de artesão. Cada serviço era uma arte diferente.

AC – Quais são as principais diferenças entre o processo antigo e o atual?

TC – Só de pensar que o computador substituiu as caixas de tipo, espaços, fios serrilhados, clichês de desenhos… Nossa! Na época da política, o que mais se fazia eram clichês de fotos para rodar santinhos, escrita colorida cor por cor. Dependendo do serviço demorava muito. Lembro que fazer mil impressões demorava mais ou menos 1 hora. Além disso, tinha que fazer vários ajustes para rodar os serviços, e mesmo assim o serviço não ficava 100%. Hoje em dia, com os computadores, é diferente. Já sai tudo colorido, com uma perfeição de dar inveja. Muita tecnologia de ponta como da Atual Card nos proporciona sempre o que há de melhor. Hoje, sobra mais tempo para outros trabalhos.

AC – Em qual cidade você atuou como profissional da área?

TC – Trabalhei na cidade de Pacaembu, São Paulo.

AC – Você fazia trabalhos como autônomo ou para uma empresa?

TC – Trabalhava para empresa particular. (Gráfica Carvalho).

AC – Conte para nós como era o processo tipográfico

TC – A Tipografia vai ficar para a história. Um procedimento todo artesanal, desde a montagem da chapa, o que já era um desafio. Todos os tipos tinham de estar bem presos para a impressão sair perfeita. Às vezes, tínhamos que parar a máquina para calçar os tipos que sumiam. Quase todas as vezes tínhamos que trocar o forro da máquina para a impressão ficar melhor. Os tipos eram calçados com adesivos em pequenas tiras do tamanho do corpo da letra.

Notas fiscais, cartilhas, tudo dava um trabalhão. Acho que se fosse hoje, eu pensaria bem antes de fazer tudo novamente. Apesar disso, foi uma época muito legal.

AC – Você continua atuando na área gráfica?

TC – Continuo trabalhando na mesma gráfica e acompanhei de perto as diferenças da época da tipografia e das máquinas off-set atuais.

AC – Que profissão você exerce atualmente?

TC – Sou designer gráfico e impressor digital. Temos pequenas máquinas digitais de impressão e o serviço aqui funciona mais como uma gráfica rápida.

AC – Você faz muitos trabalhos com a Atual Card? O que você acha destas novas tecnologias de impressão?

TC – Sim, faço alguns trabalhos com a Atual Card há mais ou menos três anos, tanto para os meus clientes como para a gráfica onde trabalho. Quando preciso, recorro à Atual Card que, além dos melhores serviços do ramo, tem um dos melhores preços. O pessoal está de parabéns. A tecnologia de impressão é “show de bola”. Por isso que a cada dia tem mais clientes, tanto pela qualidade como pela seriedade da empresa.

Legal, não é? Agora assista ao vídeo que explica o processo tipográfico. É muito bacana também.

Este profissional é um Tipógrafo.

Ele começa a preparar a história para que ela possa ser impressa.

Ele digita a história nessa máquina.

Letra por letra.

Toda vez que o tipógrafo digita uma tecla,

um molde de cada letra cai nesta caixa.

Cada vez que essa caixa sobe,

ela coloca os moldes dentro da máquina.

Quando o metal esfria, ele fica duro,

e produz uma linha de palavras.

São necessárias muitas destas linhas para fazer uma página.

Enquanto o tipógrafo trabalha em novas linhas,

um homem pega estas linhas e as coloca em uma grande mesa.

Aqui, ele organiza as linhas para cada página.

Esta página vai ter uma imagem.

A imagem ocupa o espaço de muitas linhas.

O profissional vai então para a próxima página.

Com um pedaço de madeira, o profissional marca o final de cada página.

Quando várias páginas com estas estão prontas,

o profissional as leva para outra parte da tipografia.

Então, este homem pega estas linhas de várias páginas

e as coloca em uma moldura de metal.

Ele precisa ter cuidado para não misturá-las.

Pedaços de metal compridos e curtos mantém as páginas separadas.

E preenchem os cantos.

Esta chave trava as linhas e imagens na moldura.

Ele trava por todos os lados.

Então, ele nivela as linhas para que nenhuma fique mais alta que a outra.

Então, ele confere se todas as travas estão bem firmes.

Para garantir que as linhas e páginas fiquem bem presas.

Mas, as palavras e linhas estão em um metal não muito resistente.

Logo eles se desgastariam na impressora.

Nessa parte, elas serão feitas de cobre.

Cobre é um metal duro.

Vamos ver como isso é feito.

Este operador cobre as linhas e páginas com uma placa de cera.

Então, as coloca dentro desta máquina.

As placas estão sendo impressas.

E então sai a placa de cera,

com todas as imagens e letras impressas nela.

Depois, outro profissional mergulha a placa em um grande tanque com cobre.

O cobre preenche todos os lugares onde foram impressas as letras e imagens na placa de cera.

Este processo forma uma placa sólida.

Ela tem as mesmas letras e imagens de antes.

Mas, agora é muito mais forte.

Muitos livros podem ser impressos a partir de placas de cobre.

Agora, as placas são cortadas e separadas.

Esta serra afiada corta facilmente as placas de cobre.

Cada uma destas pequenas placas contém palavras e imagens para apenas uma página do livro.

Depois, as placas vão para a impressora.

Aqui, este profissional deixa as placas prontas para a impressão.

É por isso que o chamam de “Ready Man”.

O lugar que você está vendo agora é chamado de “Press Bed”.

64 páginas completam uma “Bed”.

O profissional encaixa cada placa na “bed” na ordem certa.

Existem duas “beds” nessa máquina.

Uma para cada lado do papel.

As duas “press beds” dessa máquina devem ser preenchidas com placas

antes que a máquina possa iniciar a impressão.

Agora, com um simples toque no botão, a máquina começa a funcionar.

O papel roda em torno dos tambores.

Os rolos espalham a tinta nas placas.

Primeiro, é impresso um dos lados do papel, com um conjunto de placas.

Então, é impresso o outro lado do papel, com o outro conjunto de placas.

Folha por folha, as páginas impressas vão sendo colocadas no final da impressora.

Este profissional verifica se as páginas estão corretamente impressas.

Agora, vamos ver o que acontece com as folhas depois que elas são impressas.

Aqui, as folhas são colocadas na máquina de corte.

Aqui, todas as folhas serão cortadas no tamanho correto de uma página.

E a máquina continua, cortando e cortando,

até que todas as folhas tenham sido cortadas.

Este homem é o responsável por verificar se todas as páginas estão sendo colocadas na ordem certa.

Então, este material todo é levado para outra parte da fábrica.

Esta parte é chamada de “Sala de Reunião”.

Essas mulheres empilham as páginas

e colocam cada pilha em seu devido compartimento.

Elas garantem que sempre haja páginas em todos os compartimentos.

Esta máquina junta todas as páginas, em ordem correta, da primeira até a última página do livro.

Uma a uma, a máquina junta todas as páginas de um livro.

No final desta grande máquina

as folhas estão saindo.

Todas as páginas do livro.

Aqui, outras mulheres colocam as folhas em outras máquinas.

Aqui, a máquina cola as folhas umas às outras.

Novamente, cada folha entra na máquina separadamente.

Esta máquina cola uma página a outra para que fiquem bem firmes.

Isso impede que as folhas se separem.

Depois que as páginas do livro foram bem coladas,

elas vão para o setor de ajuste.

Esta máquina ajusta as páginas do livro para que fiquem do tamanho certo,

utilizando três lâminas afiadas.

Primeiro, do lado mais longo do livro.

Depois, com duas lâminas, cortando os lados mais curtos do livro.

Mas, os livros ainda não estão prontos.

Eles ainda precisam de capas.

Capas fortes de livros são feitas de papel cartão.

Primeiro, o papel cartão é cortado do tamanho certo.

Depois, esta máquina vai passar cola por todo o papel cartão.

Isso faz com que a capa fique forte e tenha uma boa aparência.

E, finalmente, o nome do livro é impresso em letras douradas e brilhantes.

Agora, as capas estão prontas para serem colocadas nos livros.

Um toque e os livros já têm as capas em volta deles.

Mais um toque e as capas dos livros já estão coladas.

Aí estão eles. Prontos para serem enviados a qualquer parte do mundo.

A história foi transferida para um livro

para leitores de qualquer lugar.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Obrigado mais uma vez ao Thiago Carvalho por ter nos concedido esta entrevista tão interessante. Parabéns pela experiência!

Escreva nos comentários abaixo por que você gostaria de ter a experiência de trabalhar com a forma de impressão mais antiga. Se não gostaria, diga também o por que.

Abraços e bons negócios.

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