Você estudou (e continua estudando), trabalhou, se esforçou, fez pós-graduação e está apto a realizar o seu trabalho de designer e/ou comunicólogo. Mas, nem tudo é perfeito. O seu cliente pode não entender aquele seu trabalho maravilhoso e nem sempre você consegue fazer com que ele entenda. Isso é muito comum, e pode trazer alguns problemas entre o profissional e o cliente. Mas não se preocupe, existem formas de apresentar o seu trabalho e fazer com que o cliente o entenda.
Por Alexandre Bigaiski
Você pode ser um excelente profissional de design, talvez o melhor do mundo, mas isso não quer dizer que você saiba como apresentar o trabalho ao seu cliente. O cliente não é um especialista na área. Provavelmente ele tenha contratado os seus serviços justamente por isso. Mesmo assim, existem aqueles clientes que insistem em achar que o azul fica melhor na peça porque ele sempre gostou de azul. E faz parte do seu trabalho explicar a ele que, mesmo ele gostando daquela cor, ela não tem muito a ver com o que ele mesmo quer transmitir ao público através da peça (claro, se esse for o caso).
Infelizmente, é muito fácil o seu cliente achar que você é arrogante caso tente explicar que ele está errado. Realmente não é uma tarefa das mais fáceis, mas existem várias formas de se fazer isso. Tudo começa lá no início, quando você está fazendo o briefing. Usando como exemplo a questão das cores, você realmente está aplicando no material a cor correta para o objetivo da peça? Se sim, já é um grande passo. Você vai poder explicar a ele o porquê de ter usado tal cor. Como você já deve saber, existe a teoria das cores, na qual cada cor representa uma emoção, um motivo, uma energia, um clima. Partindo desse princípio, você terá como explicar a ele os motivos para ter escolhido determinada cor.
Deixe que o cliente participe da apresentação. O trabalho não é só seu, é dele também, não o deixe de fora. Deixe-o falar bastante, reclamar, discordar, concordar, discutir etc. Se for o caso de discordar dele, discorde com elegância, respeito e educação. Explique os motivos que o levaram a discordar da sua ideia e tente fazer com que ele entenda que de outra forma o resultado será melhor. (Obs.: “fazer entender” não significa empurrar garganta abaixo, mas explicar a situação).
Nunca conteste o seu cliente (ou qualquer pessoa). As pessoas não gostam de serem contestadas e acabam se fechando, impedindo que você continue a sua explicação adequadamente. Discutir não é contestar! E também seja humilde se o cliente der uma ideia que ajudará no trabalho. Aceite e explique por que a acatou. A ideia é realmente útil? Se você achou que sim, deve haver algum motivo. Se não houver um motivo, é porque a ideia não é tão boa assim e, possivelmente, você só está tentando agradar o seu cliente, e de forma errada.
Use exemplos e analogias, eles funcionam muito bem. E não se preocupe se o seu cliente ficar quieto o tempo inteiro. Muitos clientes não gostam de se meter no trabalho e, muitas vezes, contratam serviços de terceiros justamente por isso, para não precisarem se preocupar com problemas desse tipo.
Não se estresse, as relações com clientes normalmente são assim mesmo, e isso é completamente normal. Nunca se exalte com um cliente sem um bom motivo para isso. Nunca o conteste. Converse, discuta, dê uma ideia nova e acate as ideias dele que ajudarão no trabalho. E uma última dica: não tente simplesmente agradar o seu cliente. Você o agradará de fato se o seu trabalho trouxer um bom resultado para ele. E para isso, é necessário muito trabalho, muito estudo, discussão e, às vezes, refazer o trabalho muitas vezes.
Como você conversa com o seu cliente? Usa algumas dessas dicas? É uma relação saudável ou complicada? Compartilhe conosco, gostaríamos muito de saber.
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Abraços e bons negócios.
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